Colaboração envolve solidariedade, generosidade e socialização de ideias em torno da busca de um benefício comum. No contexto organizacional, a colaboração faz parte do conjunto de fatores que molda a cultura de uma organização inovadora.
Nesse sentido, adquire uma feição sistêmica, complexa e multidimensional, exigindo um esforço considerável de gestão e tornando-se, paradoxalmente, a última opção dentre as disponíveis.
Sendo um conjunto de fatores integrados, a colaboração requer um esforço de gestão que leve em conta ’ingredientes’ como a Flexibilidade, definida como um ajuste dinâmico de ponto de vista que levem a um acerto coletivo de expectativas mutuamente benéficas. Não se trata necessariamente da busca por consenso e sim da disposição para a mudança, sustentada pela preservação do diálogo, mesmo em situações de discordância. Um acerto de expectativas é, portanto, uma busca por um caminho de se lidar positivamente com a discordância, o que só se torna possível quando está presente a possibilidade de suspensão de pressupostos.
A Flexibilidade está relacionada a outros três ingredientes- Mobilização, Abertura e Acesso- que neutralizam a tensão crescente entre as forças de derivação e integração subjacentes à Colaboração. Assim, a Flexibilidade contribui na forma como indivíduos expõe seus pontos de vista em torno de um objetivo compartilhado (Congruência) e interdependente (Compartilhamento), em dualidade com a busca por autonomia (Autossuficiência) e explicitação de vontade (Transparência).
Cada um dos outros ingredientes que caracterizam a colaboração está sendo abordado em profundidade em posts distintos. Além da Flexibilidade, são eles o Altruísmo e Reciprocidade, a Transparência, Autossuficiência e Compartilhamento. Flexibilidade, Abertura, Mobilização e Acesso complementam o conjunto dos dez ingredientes.
