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Inovação com múltiplos atores: colaborando de forma mais efetiva e criativa por meio de sketches

A era da inovação colaborativa representa uma oportunidade de ascensão de novos jeitos de fazer e conviver. Sabemos que ambientes divertidos, conversas mais descontraídas e a possibilidade de fazer com os outros de forma compartilhada já fazem parte do imaginário dos negócios.

Curtimos post its espalhados pelas mesas e aos montes nas paredes e assim iniciamos um caminho incrível de formas criativas coletivas de nos relacionarmos. Na nova era da Inovação, percebemos o valor de novos métodos e ferramentas para impulsionar a geração de ideias, presente em diferentes dimensões da colaboração, mas mais evidente no compartilhamento de conhecimento e no alinhamento para resultado. Esse valor pode ser ampliado quando aprofundamos o sentido e os benefícios de agirmos com os outros e assim passamos a considerar também novas abordagens em outras dimensões da colaboração, ligadas a autoconsciência em prol do coletivo e a construção de um campo de criação coletiva.

Na busca por novos métodos e ferramentas de caráter colaborativo, a intenção é justamente criar os melhores resultados ao fazer e conviver em ambientes com múltiplos atores.

Esses ambientes multistakeholder apresentam o estado da arte da inovação, inicialmente calcada em tecnologia e negócios e que agora incorpora a resolução de problemas sociais complexos- fenômeno visível na ascensão da inovação social, da inovação aberta e da inovação em ecossistemas. O caráter colaborativo dessas novas formas de inovar se evidencia na necessidade de se lidar com o fenômeno dos múltiplos atores. Esse fenômeno é visível no resgate de diálogos mais autênticos e empáticos, na busca pela compreensão dos interesses individuais e coletivos em jogo e na construção da confiança. A importância da colaboração se evidencia também na facilidade de acesso a pessoas e informações e na importância de uma comunicação autêntica que torna possível a convivência com diferenças de perspectiva e na construção de um propósito compartilhado.

No entanto, o dia a dia da colaboração entre múltiplos atores nem sempre é tranquilo. Barreiras ao compartilhamento de conhecimento se tornam mais visíveis nos processos de geração de ideias, quando predomina a desconfiança, a proteção e conflitos de toda a espécie. Para isso, é necessário a adoção de novos métodos que libertem as pessoas da lógica da escassez- de ideias, de gentileza e de bem-estar. Sketches adaptados ao contexto da colaboração se apresentam como uma interessante proposta para viabilizar resultados inovadores, levando em conta o fenômeno de múltiplos atores em ação criativa colaborativa.

Mas porque sketches se apresentam como opção viável no contexto da colaboração? 

Entendemos que sketches são uma alternativa interessante como abordagem em ambiente multistakeholder por três razões. Em primeiro lugar, sketches se originam da prática bem-sucedida de designers industriais e ao longo de décadas se afirmaram como excelência em caminhos gráficos de experimentação criativa. Sketches se destacam por serem acessíveis como técnica- bastam noções de desenho a mão livre e de uso de materiais como pastel seco, guache e markers para se conseguir em poucos minutos um efeito persuasivo e de alto poder de comunicação.

Em segundo lugar, sketches envolvem o domínio de um tipo particular de pensamento generativo, onde o entendimento do problema emerge através de tentativas sucessivas. Assim, o sketch contribui para o fortalecimento da colaboração por ser uma atividade iterativa reflexiva onde a compreensão emerge na prática, no ´fazer´ sketches, em tentativas sucessivas de elucidar o melhor caminho possível de harmonização entre problema e solução.

Em terceiro lugar, sketches tornam-se fonte de inspiração para a fortalecimento de times inovadores e meio de conexão com aspectos mais subjetivos sutis do campo social, ampliando a conexão entre múltiplos atores e se tornam imprescindíveis para ampliar a capacidade de inovar coletivamente. Nessa perspectiva, sketches ajudam a superar a tensão entre oportunismo e compartilhamento no campo social de múltiplos atores e emergem como importante meio para reflexão das ideias e soluções potencialmente disruptivas.

Sem a capacidade de fazer sketches, múltiplos atores tendem a se concentrar na definição do problema. Sem a capacidade de colaborar, múltiplos atores tendem a ficar presos ao receio de compartilhar e sem espaço para a generosidade e a aceitação da diversidade.

A capacidade colaborativa se combina assim ao sketch direcionado para o fortalecimento de ambientes multistakeholder, resultando em ampliação do campo de criação coletiva e na possibilidade exponencial de geração de novos produtos, serviços e negócios.

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